Desde Tempos Modernos – filme estrelado por Charlie Chaplin -, o cinema e também a literatura vêm nos mostrando que é só uma questão de tempo até que as máquinas substituam completamente a força de trabalho humano, bem como seu conhecimento e habilidades. E, de acordo com o jornalista David Baker, seu emprego pode já não existir amanhã.
A RELAÇÃO TECNOLOGIA X MERCADO DE TRABALHO
Baker, cofundador da revista de inovação tecnológica Wired esteve no Brasil recentemente para divulgar sua pesquisa acerca do futuro das profissões. Nela, ele afirma que em breve seremos substituídos por máquinas, não importa qual seja a sua especialidade ou quão bom seja o seu nível profissional.
Atualmente, já podemos observar essa substituição em diversas profissões que não necessitam mais de humanos para desenvolver. Além das sempre citadas automatizações em fábricas, onde operários apertando parafusos foram trocados por máquinas, temos outras profissões que estão extintas ou em vias de extinção.
A previsão é que, em cerca de 20 anos, profissionais como montadores na indústria de elétricos e eletrônicos, operadores de telemarketing, relojoeiros, caixas de banco, árbitros, analistas de crédito, caixas de supermercado, entre outras, sejam substituídas por robôs. E este é apenas o começo.
Casas e até membros humanos são construídos por completo e em poucas horas, com o trabalho de impressoras 3D, envolvendo geralmente uma ou duas pessoas no processo. Portanto, é ingenuidade pensar que profissões de renome como médicos, engenheiros ou advogados estão ilesos. A revolução está presente e chegará para todos.
COMO NOS PREPARAMOS PARA ESSA REVOLUÇÃO?
Brincando com a própria profissão, David Baker afirma que nem jornalistas como ele serão poupados da substituição. “Nós somos vaidosos e achamos, por exemplo, que nenhuma máquina será capaz de escrever de forma tão elegante e bonita como nós”, diz. E esta realidade prevista por David já começou para ele. No site da revista Forbes, por exemplo, notícias sobre o mercado são redigidas em nanossegundos por um robô.
Em outras realidades que vivenciamos atualmente, as máquinas acabam por se aperfeiçoarem a partir de nosso próprio esforço, como em serviços do Google, onde o usuário sinaliza quais as mensagens a serem marcadas como spam e também ao sugerir traduções melhores ao Google Tradutor. Deste modo, tornamos a tecnologia mais inteligente. Sendo assim, algo deve ser feito para que esse impacto não nos tire nossos meios de sobrevivência. Mas o quê?
A resposta é inovação. De acordo com Baker, este paradoxo pode nos fazer repensar sobre nosso trabalho e como ele pode ser útil de alguma outra maneira, avaliando seus propósitos e pensando em novas maneiras de atuar. A revolução não se resume a apenas pessimismos. “Talvez os robôs nos deem tempo livre para fazermos aquilo de que realmente gostamos e fazemos bem”, diz David, apontando um ponto positivo para a automatização da mão de obra. Processos burocráticos e sem sentido, por exemplo, poderão ser realizados talvez sem a necessidade de sair de casa, otimizando tempo e, com isso, abrindo margem para explorar novos conhecimentos e aperfeiçoar habilidades.
E QUANDO CHEGAR O DIA EM QUE MINHA CARREIRA DEIXAR DE EXISTIR?
Sim, o pessimismo acerca do desemprego avassalador e da má distribuição de renda são reais. Mas com planejamento, curiosidade e força de vontade, será possível colocar suas ideias e habilidades de volta no mercado em forma de empreendedorismo.
Mais tempo, menos burocracias e mais acesso a todo e qualquer tipo de informação serão suas ferramentas no futuro para ter fome de inovação e ganhar destaque entre homens e máquinas, mostrando que você realmente possui um diferencial a ser recompensado.
Fonte: http://www.e-konomista.com.br
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