“Quem não se renovar continuamente, não chegará competitivo em 2020”
Um conhecimento adquirido serve e será útil para a vida toda? Sim ou não? Se você nunca pensou nisso, está na hora de refletir um pouco e chegar a uma conclusão, até porque a sua resposta para esta pergunta irá impactar diretamente a sua carreira nos próximos anos e décadas.
Sempre ouvi falar, desde a minha infância, que o nosso maior patrimônio é o nosso conhecimento. Dizia a minha mãe, sempre que queria enfatizar a importância do estudo: – Isso, nunca poderão nos roubar. Sem sombra de dúvidas, a não ser que façam uma lobotomia em nós, os nossos conhecimentos e as nossas experiências são 100% nossas e levaremos para o resto da vida. Mas o ponto aqui é outro. Não me refiro a “roubarem” o nosso conhecimento. A questão aqui é “qual é o prazo de validade dele”. Até quando um determinado conhecimento terá utilidade prática. Até quando um conhecimento adquirido terá o poder de alavancar a minha carreira ou minimamente garantir a minha empregabilidade.
A resposta para estas perguntas está cada vez mais clara e óbvia no mundo atual. Já há estudos que comprovam que, em determinadas áreas de conhecimento, 100% do conhecimento se renova em sete anos. Ou seja, em sete anos tudo o que você aprendeu vira pó e não serve mais para muita coisa. Parece loucura, mas a velocidade com que tudo está mudando, desde a tecnologia, as relações sociais, o clima, o mapa geopolítico mundial, entre outros fatores, tem feito com que os profissionais fiquem desatualizados numa velocidade nunca vista.
Estes dias eu estava dando uma olhada nas minhas pastas e arquivos impressos do meu primeiro MBA Executivo, concluído em 1999. Grande parte daquilo que aprendi sobre estratégias de marketing e comunicação, se fossem usados hoje, talvez levariam uma empresa à falência bem rápido. O consumidor mudou, as leis mudaram, a tecnologia nem se fala, as redes sociais surgiram e são hoje o “grande palco” etc. Enfim, tenho absoluta convicção de que grande parte deste conhecimento não serve para muita coisa hoje. Se formos falar de outras áreas, como a medicina, engenharia de materiais e ciências da computação, garanto que o cenário é o mesmo, se não for pior.
Não é à toa que os meus amigos Head Hunters me contam que uma das primeiras perguntas que fazem em uma entrevista com um executivo para uma vaga de topo é: – O que você fez nos últimos 6 meses para ampliar a sua fronteira de conhecimento? Já dei esta dica aqui há algum tempo. Eu mesmo, quando pego um currículo para analisar, uma das primeiras coisas que quero ver é a data que o candidato fez o último curso de atualização. É simples, alguém que há mais de 3 anos não fez um curso sequer, na minha visão, é um profissional que não está preparado para os desafios que temos e para os que virão no futuro. Este é um belo termômetro para mostrar quem entende ou não que o mundo muda e os conhecimentos se renovam.
Pois bem, está na hora (aliás, passando da hora) de você pensar neste assunto e se posicionar. Por quanto tempo um conhecimento é válido e terá o poder de alavancar a sua carreira? Com que frequência você acha que deve se atualizar em relação aos conhecimentos da sua área. Não há verdade nem mentira absolutas. Não há uma fórmula matemática que dê a resposta. O que há de fato, e não só enxerga quem não quiser, é uma velocidade de mudança gigantesca e que tem exigido de cada um de nós uma capacidade de se renovar continuamente, de se atualizar e de se preparar para um novo mundo que surge a cada dia. As posições de liderança no futuro estão reservadas para quem tiver esta capacidade. Até o próximo!
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