“Melhor um bom começo do que começo nenhum”
O que é melhor, fazer algo bom hoje ou ótimo amanhã? O que faz uma carreira decolar mais rapidamente, projetos bons hoje ou projetos ótimos amanhã? O velho ditado que diz que “a pressa é inimiga da perfeição” quer dizer o quê? Devemos buscar, como padrão na nossa carreira, a rapidez imperfeita, a perfeição demorada ou um equilíbrio entre as duas? O que você acha?
Este tema tem sido um causador de insônia em muita gente que conheço. Esta pergunta é feita a mim com muita frequência, direta ou indiretamente, em minhas aulas e palestras sobre planejamento de carreira. Sempre gosto de tratar deste tema com meus alunos porque entendo que todos devam analisar, refletir e se posicionar em relação a ele. É uma escolha difícil, na maioria dos casos, mas tenho a minha opinião convicta há anos e nada me fez mudá-la até hoje.
Antes de dizer qual é e dar as minhas dicas, quero que você reflita sobre um ponto. Escolha umas dez pessoas do seu ciclo (pessoal ou profissional) e faça a seguinte pergunta: – O que você gostaria de ter em maior quantidade hoje? Obviamente muitos vão responder “dinheiro”, mas você se surpreenderá com a quantidade de respostas que mencionarão “tempo”. Pode observar que, a maioria que parar para pensar antes de responder, escolherá o “tempo”. Este hoje é, sem sombra de dúvidas, o recurso mais escasso e mais perecível que nós temos. Não só porque ponteiro de relógio não anda para trás, mas principalmente porque este século está cheio de oportunidades e mudanças tão rápidas que a dimensão do tempo não acompanha. O relógio anda na mesma velocidade desde sempre, mas o mundo está mais rápido a cada dia e faltam horas para darmos contra de tudo. A gestão do tempo hoje é algo tão complexo, mas tão complexo, que a maioria das pessoas que conheço se perde na avalanche de oportunidades e acaba não aproveitando quase nenhuma. Isso porque, na minha visão, lhes falta uma única coisa: coragem de embarcar nesse trem chamado “século XXI”. Um trem-bala que anda numa velocidade que poucos conseguem acompanhar.
Pois bem, a minha opinião está dada. Sou fã da velocidade. Acredito que, na imensa maioria dos casos, o bom hoje é melhor, muito melhor, do que o ótimo amanhã. O bom hoje dá resultado hoje. O ótimo amanhã já chega atrasado e talvez nem dê resultado algum, dependendo do caso. E mesmo que o resultado seja melhor amanhã, perdeu o pioneirismo, tão importante em um mundo rápido como o de hoje. E tem mais, escolher pelo bom hoje não significa que não podemos melhorá-lo amanhã ou ao longo da jornada. Podemos sim. E esta sempre foi a minha pegada ao longo de toda a minha carreira. Tenho algo bom e que se sustenta? Então quero colocar o bloco na rua hoje, sem delongas. O ótimo, buscamos ao longo da implementação do que já é bom. Mas não perco uma oportunidade sequer de fazer as coisas rapidamente. O mundo atual tem premiado mais os mais rápidos e punido os lentos. Disso não tenho nenhuma dúvida. Acompanho a carreira de muitos alunos e ex-alunos. Os mais rápidos estão sempre na frente nessa maratona chamada carreira. Repito: Este século está sendo impiedoso com os lentos e com os que só querem entrar no jogo quando o time estiver perfeito. Desculpem-me estes, mas time perfeito não existe. E se for esperar até ele chegar, o mundo acaba e você vai morrer sem um troféu de campeão.
Reflita, forme a sua opinião e escolha um lado do muro. Não vou ficar bravo se você escolher o outro lado, mas alerto: Se for optar por essa pegada de só colocar uma ideia em prática quando ela estiver 100% perfeita, não se assuste se alguém sair na frente com algo simplesmente bom e matar o seu projeto ou a sua ideia. Até o próximo!
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