E quanto ao futuro, quais são as perspectivas do Mundo Corporativo? Teremos muitos líderes? Ou poucos líderes com um bom futuro? Você está disposto a quebrar paradigmas e romper barreiras para se adequar a realidade desse Novo Mundo?
Um líder que não se dispuser a estar em constante atualização com as demandas atuais do cenário organizacional certamente estará fadado ao fracasso, pois os métodos e técnicas de sucesso utilizados no passado já não garantem a sua eficácia nos dias atuais; pelo contrário, podem, por si mesmos, já estar ultrapassados e, por hora, já ter que ceder lugar às novas abordagens e metodologias. A autossuficiência da abordagem técnica, tão valorizada pelos líderes do passado, vem demonstrando não ser mais suficiente – pois, mais do que saber o que devem fazer, as pessoas querem oportunidades para utilizar seu conhecimento, talentos e competências, e para sentirem-se importantes e envolvidas na construção do futuro da organização a que pertencem. Os líderes precisam descobrir que o seu papel mudou de forma significativa; como consequência, o comportamento também precisa mudar. (Lago, Regina et. al.).
No contexto atual, liderar uma empresa é ter que gerenciar a mudança, o que significa enfrentar a velocidade e complexidade das mudanças rápidas, confrontar-se com as ambiguidades, compreender a necessidade de mercado e antecipar-se às suas expectativas, garantir um sentido de direção em meio ao caos (Motta, 1999:XV). Para fazer parte deste contexto de forma assertiva, o líder precisa, antes de tudo, ter uma sensibilidade humana no trato com as pessoas, pois este comportamento lhe fará entender que as pessoas estão sempre mudando e esse fator requer adaptação constante. Por este motivo, muitos líderes convivem com a famosa crise de liderança, em seu dilema existencial, no qual sempre se questionam “agora que sabemos as respostas, mudaram as perguntas…”.
Quando pensamos no líder do futuro, pensamos em um líder que estará apto a quebrar paradigmas e superar as crenças limitantes. O que ainda vemos acontecer na prática das organizações é a valorização pela ação e da responsabilidade individual pelo resultado de trabalho que é coletivo, existindo por parte dos membros da equipe dificuldade em entender a totalidade e a união e, consequentemente, a importância da interação com o próximo. O novo paradigma do líder do futuro será fazer gestão que pressupõe troca, participação, rede de relações, aprendizagem individual e coletiva, favorecendo a conexão afetiva e intelectual entre as pessoas, tornando o trabalho um veículo de satisfação, realização e crescimento pessoal. Neste sentido, a relação do líder com sua equipe deve dar-se, não de forma impessoal e unilateral, mas em constante fluxo – no qual sonhos, aspirações, visões e valores são compartilhados para gerar o comprometimento necessário à realização de metas organizacionais. (Lago, Regina et. al.).
Você que ainda se preocupa com o seu estilo de liderança lembre-se: como diria Drucker (2003), “Já não podemos olhar pelo retrovisor em busca de soluções para o presente, pois, embora o passado nos dê referência, é o futuro que nos dá direção.” Portanto, faça a diferença, construa o seu futuro e ajude a desenvolver uma nova geração.
Filipe Lopes
Psicólogo
Executive Coaching
Referências bibliográficas:
CAVALCANTI, Vera L. et al. Liderança e motivação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
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